domingo, 29 de julho de 2012

ABSCESSO AURICULAR EM TARTARUGAS




Um abscesso caseoso, apresentando-se como um inchaço, geralmente grande, sob a membrana timpânica na lateral da cabeça. Pode ocorrer bilateralmente e é muitas vezes visto em tartarugas de caixa (silvestres) ou tartarugas de orelha vermelha (criadas como animais de estimação). Há alguma evidencia de que esses abscessos podem ser causados por hipovitaminose A e também por falta de higiene no aquário. Em tartarugas silvestres sua ocorrência pode também estar associada á exposição a organofosforados. Esta doença é extremamente comum. Os diagnósticos diferenciais  incluem neoplasia e outros granulomas. O tratamento consiste na remoção cirúrgica através de lancetamento da membrana timpânica. É importante remover aproximadamente 50% do tímpano de modo a deixar uma abertura larga, através da qual seja possível lavar o local do abscesso com uma solução salina morna pelo maior número de dias possível após a cirurgia (tente ao menos 3 dias). Em outras palavras, deixe a ferida aberta para que cicatrize por segunda intenção. O pus caseado pode ser muitas vezes removido em uma peça só, como um molde do ouvido interno. As tartarugas d' água devem ficar em local seco até o término da cicatrização da cirurgia. Utilizar antibióticos no pós cirúrgico.

LIPOMA EM AVES




Lipomas são comuns em periquitos australianos e em cacatuas de peito rosa, mas podem ser vistos em qualquer espécie de ave. Lipomas se apresentam tipicamente como massas de tecido mole que vaira de amarelo-claro a escuro, sobre a extremidade ventral da quilha ou ventralmente á área celômica. Um lipossarcoma pode, ainda que raramente, apresentar uma aparência similar a de um lipoma. O diagnóstico é feito através de exame histopatológico por aspirado de agulha fina ou de uma biópsia. Recomenda-se fazer a ave perder peso com auxílio de uma dieta menos rica e de exercícios, nos casos em que  a ave esteja acima do peso e seja alimentada com uma dieta composta unicamente de sementes. Nos casos em que a massa interfira nas atividades da ave, é indicado cirurgia para remoção da mesma.

PROLAPSO DE CLOACA EM AVES



A cloaca é o ponto de terminação de 3 sistemas - o renal, o reprodutivo e o gastrointestinal. Prolapso, ou eversão da cloaca pode envolver qualquer um desses três sistemas. É normal que uma ave fêmea apresente um prolapso cloacal brando e temporário após oviposição, mas outros tipos de prolapso cloacal são anormais. As causas de prolapso cloacal incluem lesões papilomatosas, tenesmo (diarréia ou constipação), predisposição genética (cacatuas, papagaio cinzento) levando a um defeito da síntese de colágeno, uma irritação crônica da cloaca devido á masturbação, oviposição e atonia idiopática (em cacatuas). Outros tecidos podem estar prolapsados, incluindo o útero, que é muito vermelho, apresenta estrias longitudinais, e tem uma luz; e órgãos do trato gastrointestinal, tal como o cólon, que é liso e também possui uma luz. Uma lesão papilomatosa será vermelho rosado com uma superfície irregular. O tratamento é cirúrgico, com a redução do prolapso e fixação da cloaca através de sutura.

CISTO DE PENA EM CANÁRIOS



Uma massa firma encontrada geralmente no topo da asa, que consiste em uma pena encravada que continuou crescendo, enrolou-se e formou uma bola sob a pele. O folículo se apresenta muito distendido e inflamado sobre o cisto. Deve-se diferenciar a massa entre neoplasia e abscesso. A massa possui um aspecto típico e não se altera ao longo do tempo. O tratamento é cirúrgico e consiste em lancetar o folículo e remover o material de pena preso subcutaneamente. É importante não cauterizar o interior do folículo, já que isto pode traumatizar o folículo e levar á formação de futuros cistos de pena. O sangramento pode ser controlado por tamponamento, e o folículo pode ser deixado aberto para cicatrizar por segunda intenção.