quinta-feira, 4 de julho de 2013

TUMORES EM AVES



Neoplasias em aves são encontradas na prática da mesma forma que  a maioria das localizações e das categorias comuns observados em outros animais de companhia, com variações na distribuição e morbidade.
Carcinomas de células escamosas são tumores mais prevalentes nas junções mucocutâneas da cabeça, na ala distal, e nas falanges. Estes tumores também tendem a ser localmente invasivos. O tratamento indicado é a  excisão cirúrgica, radioterapia tem sido tentada com algum sucesso, não tem como cisplatina intralesional. Aglândula uropigial  também pode desenvolver carcinoma de células escamosas.

XANTOMAS EM AVES (massas de gordura)


Os xantomas são geralmente massas subcutâneas, amarelas, compostas por gordura. A falange distal da asa, a quilha, e a área pubico esternal são os locais mais comuns de se apresentar, embora xantomas possam ser encontradas em qualquer lugar. As calopsitas e periquitos são as espécies mais acomentidas  embora xantomas são vistos na maioria das espécies de psitacídeos. A etiologia é desconhecida, no entanto, a melhoria da dieta, diminuição da ingestão de gosrdura e aumento da ingestão e suplementação de vitamina A ou precursores da vitamina A, foram curativos em casos menos avançados. Os xantomas tendem a ser muito vascularizados. A excisão cirúrgica, se eleita, deve ser feita com muita atenção para a hemostasia.

UROLITÍASE OU CÁLCULO URINÁRIO EM COELHOS



O alto teor de cálcio, normal na urina do coelho, bem como a grande quantidade de cristais, predispõe esta espécie á urolitíase. A etiologia não está bem determinada, mas a causa parece ser mais metábólica que infecciosa. Em geral, os coelhos que apresentam urolitíases ou hipercalciúria são obesos, sedentários, alimentados á vontade com ração, e frequentemente com história prévia de terem recebido suplementos vitamínicos e minerais. O uso abusivo de dieta seca muito rica em cálcio, o baixo consumo de água e inflamação crônica das vias urinárias são as causas mais incriminadas na ocorrência da doença.
SINTOMAS:
Os cálculos são, em sua maioria, vesicais, embora possam ser constatados em todo o trato urinário. A urolitíase se manifesta por polaquiúria, disúria e até mesmo anúria. O períneo quase sempre apresenta sujidades por urina. A hematúria, em geral presente, pode ser diferenciada de uma pigmentação por porfirinas procedendo-se á sedimentação urinária. Quando há dor, o coelho fica prostrado, inapetente, com o dorso arqueado e pode apresentar dilatação abdominal. Nos casos de obstrução uretral, pode-se palpar a esfera vesical.
DIAGNÓSTICO:
A radiografia é o exame de escolha e permite, de modo geral, visualizar os cálculos vesicais. Pode ser difícil distinguir entre cálculo renal, mineralização renal e nefrocalcinose.
TRATAMENTO:
O tratamento de urolitíase é cirúrgico.
PROFILAXIA:
Para evitar recidiva, pode-se favorecer a diurese fornecendo ao animal menos quantidade de ração, dando-se preferência aos alimentos menos secos, como verduras frescas. É necessário também limitar o consumo de alfafa (rica em cálcio).

domingo, 29 de julho de 2012

ABSCESSO AURICULAR EM TARTARUGAS




Um abscesso caseoso, apresentando-se como um inchaço, geralmente grande, sob a membrana timpânica na lateral da cabeça. Pode ocorrer bilateralmente e é muitas vezes visto em tartarugas de caixa (silvestres) ou tartarugas de orelha vermelha (criadas como animais de estimação). Há alguma evidencia de que esses abscessos podem ser causados por hipovitaminose A e também por falta de higiene no aquário. Em tartarugas silvestres sua ocorrência pode também estar associada á exposição a organofosforados. Esta doença é extremamente comum. Os diagnósticos diferenciais  incluem neoplasia e outros granulomas. O tratamento consiste na remoção cirúrgica através de lancetamento da membrana timpânica. É importante remover aproximadamente 50% do tímpano de modo a deixar uma abertura larga, através da qual seja possível lavar o local do abscesso com uma solução salina morna pelo maior número de dias possível após a cirurgia (tente ao menos 3 dias). Em outras palavras, deixe a ferida aberta para que cicatrize por segunda intenção. O pus caseado pode ser muitas vezes removido em uma peça só, como um molde do ouvido interno. As tartarugas d' água devem ficar em local seco até o término da cicatrização da cirurgia. Utilizar antibióticos no pós cirúrgico.

LIPOMA EM AVES




Lipomas são comuns em periquitos australianos e em cacatuas de peito rosa, mas podem ser vistos em qualquer espécie de ave. Lipomas se apresentam tipicamente como massas de tecido mole que vaira de amarelo-claro a escuro, sobre a extremidade ventral da quilha ou ventralmente á área celômica. Um lipossarcoma pode, ainda que raramente, apresentar uma aparência similar a de um lipoma. O diagnóstico é feito através de exame histopatológico por aspirado de agulha fina ou de uma biópsia. Recomenda-se fazer a ave perder peso com auxílio de uma dieta menos rica e de exercícios, nos casos em que  a ave esteja acima do peso e seja alimentada com uma dieta composta unicamente de sementes. Nos casos em que a massa interfira nas atividades da ave, é indicado cirurgia para remoção da mesma.

PROLAPSO DE CLOACA EM AVES



A cloaca é o ponto de terminação de 3 sistemas - o renal, o reprodutivo e o gastrointestinal. Prolapso, ou eversão da cloaca pode envolver qualquer um desses três sistemas. É normal que uma ave fêmea apresente um prolapso cloacal brando e temporário após oviposição, mas outros tipos de prolapso cloacal são anormais. As causas de prolapso cloacal incluem lesões papilomatosas, tenesmo (diarréia ou constipação), predisposição genética (cacatuas, papagaio cinzento) levando a um defeito da síntese de colágeno, uma irritação crônica da cloaca devido á masturbação, oviposição e atonia idiopática (em cacatuas). Outros tecidos podem estar prolapsados, incluindo o útero, que é muito vermelho, apresenta estrias longitudinais, e tem uma luz; e órgãos do trato gastrointestinal, tal como o cólon, que é liso e também possui uma luz. Uma lesão papilomatosa será vermelho rosado com uma superfície irregular. O tratamento é cirúrgico, com a redução do prolapso e fixação da cloaca através de sutura.

CISTO DE PENA EM CANÁRIOS



Uma massa firma encontrada geralmente no topo da asa, que consiste em uma pena encravada que continuou crescendo, enrolou-se e formou uma bola sob a pele. O folículo se apresenta muito distendido e inflamado sobre o cisto. Deve-se diferenciar a massa entre neoplasia e abscesso. A massa possui um aspecto típico e não se altera ao longo do tempo. O tratamento é cirúrgico e consiste em lancetar o folículo e remover o material de pena preso subcutaneamente. É importante não cauterizar o interior do folículo, já que isto pode traumatizar o folículo e levar á formação de futuros cistos de pena. O sangramento pode ser controlado por tamponamento, e o folículo pode ser deixado aberto para cicatrizar por segunda intenção.